Diferentes motivos explicam esse aquecimento e pode-se dizer que a alta disponibilidade de crédito foi um incentivo para que os consumidores buscassem um imóvel.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostrou que a previsão de crescimento para 2021 é de 30%. Só no primeiro trimestre deste ano, os financiamentos cresceram 113% na comparação com o mesmo período de 2020.
O setor imobiliário é acostumado com crises e, porém, sempre assistindo e não vivendo. Toda a economia mundial foi abalada por um período de crise entre 2015 e 2017, e depois disso o também mercado imobiliário vinha mostrando sinais de recuperação ao longo de 2018, trazendo boas perspectivas para 2019 e 2020. Mas a chegada do coronavírus ao Brasil impôs grandes mudanças de planos, paralisando negócios e muitos setores da economia.
Mas, como já dissemos, o setor imobiliário do Brasil assiste as crises e, é menos atingido por elas do que outros setores da economia. Contrariando a crise criada pela chegada da covid-19, o ramo de imóveis vem mostrando resiliência com sinais de recuperação desde o fim do segundo trimestre do ano passado. Há um ano.
Os economistas e operadores do mercado imobiliário vêem diferentes motivos para esse aquecimento, como, por exemplo, a alta disponibilidade de crédito. Em 2020, com pandemia paralisando tudo, houve um crescimento nos valores financiados de 57,5% em comparação ao ano anterior, como apurou a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, a Abecip.
Pesou também o fato de os juros baixos facilitarem o lançamento de empreendimentos ao mesmo tempo em que atraíram compradores e investidores, que viram na aquisição de imóveis ou de fundos imobiliários uma opção com melhor rendimento e segurança do que outras modalidades de aplicação financeira.
Aquém a isto temos também que levar em consideração a segurança da propriedade do imóvel não depender de nada nem ninguém a não ser o proprietário e, digo isso pelo aumento de quitações que houve no mercado imobiliário de imóveis financiados quando da pandemia de 2020, trazendo recursos guardados como poupança no banco para a certeza da propriedade imobiliária tendo em vista o lastro que se tem do governo na década de 90 quando de uma “crise” que sequer era mundial.
Por fim, o crescimento acontece no agora.
Se as condições econômicas atuais forem mantidas e a perspectiva de aumento do PIB no segundo semestre se concretizar, o setor deve alcançar a maior demanda imobiliária da história já entre setembro e outubro deste ano.
A probabilidade de fechamento das intenções de compra gira em torno de 13%, o que representa, nesse caso, quase 1,9 milhão de imóveis novos. “Hoje um lançamento no Brasil tem probabilidade de (esgotar) vendas em 8 meses. O mercado está respondendo assim porque existe muito mais demanda do que oferta”, analisa. “É uma super velocidade que já previmos em junho do ano passado.” Sendo repetitivo: maior demanda imobiliária da história. Essa é a perspectiva para um público que se ampliou em vários quesitos: idade versus alçada financeira precoce; quantidade de gêneros reconhecida que trazem uma respeitada nova gama de compradores ao mercado; novos investidores atrelados à tecnologia imobiliária; enfim, um mercado que permeia na história como sendo o mais antigo e, que mantém a certeza da segurança até em momentos de aprendizado pandêmicos mundiais.